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Ésquilo (em grego: Αἰσχύλος; romaniz.: Aiskhýlos; Elêusis, c. 525/524 a.C. – Gela, 456/455 a.C.) foi um dramaturgo da Grécia Antiga. É reconhecido frequentemente como o pai da tragédia, e é o mais antigo dos três trágicos gregos cujas peças ainda existem (os outros são Sófocles e Eurípedes). De acordo com Aristóteles, Ésquilo aumentou o número de personagens usados nas peças para permitir conflitos entre eles; anteriormente, os personagens interagiam apenas com o coro. Apenas sete de um total estimado de setenta a noventa peças feitas pelo autor sobreviveram à modernidade; uma destas, Prometeu Acorrentado, é tida hoje em dia como sendo de autoria de um autor posterior.
Pelo menos uma das obras de Ésquilo foi influenciada pela invasão persa da Grécia, ocorrida durante sua vida. Sua peça Os Persas continua sendo uma grande fonte de informação sobre este período da história grega. A guerra teve tamanha importância para os gregos e para o próprio Ésquilo que, na ocasião de sua morte, por volta de 456 a.C., seu epitáfio celebrava sua participação na vitória grega em Maratona, e não seu sucesso como dramaturgo.
Sobre sua morte, reza a lenda que, ao visitar Gela, na ilha de Sicília, uma ave de rapina (possivelmente uma águia ou um abutre-barbudo, também conhecido por quebra-ossos), confundindo sua careca com uma rocha, deixou cair um casco de tartaruga em sua cabeça, matando-o (o abutre-barbudo é conhecido por jogar ossos em cima de rochas para quebrá-los, e assim, retirar facilmente o tutano). A mesma lenda conta ainda que este "momento surreal" tem um toque de ironia: Ésquilo estava passeando ao ar livre justamente porque havia ouvido, em uma profecia, que o teto de uma casa cairia em sua cabeça – e apostou que, do lado de fora, escaparia do destino trágico.